O Goodwill Gerado pelo Passivo

Autores

  • Eliseu Martins
  • Ariovaldo dos Santos

DOI:

https://doi.org/10.17524/repec.v11i0.1718

Palavras-chave:

Goodwill, Goodwill Passivo, Valor Econômico do PL, Unidade Consumidora de Caixa, Taxas de Juros Generosas

Resumo

Objetivo: O objetivo deste estudo está relacionado à figura do Goodwill originado do Passivo de uma empresa, ou seja, não é a do Goodwill normalmente constituído pelos Ativos Intangíveis capazes de produzir uma rentabilidade anormal e que fazem com que o valor da entidade como um todo, em funcionamento, seja maior do que a soma algébrica dos valores justos de seus elementos patrimoniais. Trata-se de uma visão que se pode entender como novidade para muitos, ou seja, a do Goodwill originado do Passivo e, não, dos Ativos de uma empresa. Existem empresas que sequer conseguem remunerar o risco que seus Ativos carregam, mas podem apresentar Goodwill devido à forma com que suas atividades são financiadas. Método: Como ensaio, são apresentados conceitos básicos e de formulação, normalmente utilizados em avaliações de empresas. Na sequência, são apresentadas simulações que demonstram, de forma objetiva, o verdadeiro sentido técnico da formulação. Resultados: Sabendo-se que determinadas agências estatais de desenvolvimento e o próprio BNDES acabam financiando determinadas atividades com taxas de juros generosas, este estudo apresenta ainda um caso real de existência de Goodwill originado do Passivo de uma empresa brasileira. Contribuições: Este trabalho tem como uma de suas principais contribuições a exposição de um tema que é praticamente desconhecido no mundo acadêmico, totalmente desconsiderado pelas normas e legislações contábeis, mas presente no mundo dos analistas e investidores mais bem preparados, e o faz pela não disseminação desse conceito, com apresentação e redação acessíveis a todos os níveis de leitores.

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Publicado

07-12-2017

Como Citar

Martins, E., & Santos, A. dos. (2017). O Goodwill Gerado pelo Passivo. Revista De Educação E Pesquisa Em Contabilidade (REPeC), 11. https://doi.org/10.17524/repec.v11i0.1718