AVERSÃO À PERDA NAS DECISÕES DE RISCO
DOI:
https://doi.org/10.17524/repec.v1i3.15Palavras-chave:
Finanças Comportamentais, Processo Decisório, RiscoResumo
Os estudos de Finanças Comportamentais surgiram numa tentativa de enquadrar os estudos econômicos e financeiros dentro do comportamento humano, levando em consideração a natureza humana e aceitando o fato de que os agentes econômicos estão suscetíveis a erros e a ações irracionais. A base de Finanças Comportamentais está na Teoria da Perspectiva, que, segundo Bernstein (1997), expõe padrões de comportamento nunca reconhecidos antes pelos estudiosos e teóricos de processo decisório. A Teoria da Perspectiva aponta duas deficiências humanas que causam esses padrões. A primeira é o fato de a emoção muitas vezes destruir o autocontrole que é essencial à tomada racional de decisões. A segunda deficiência é o fato de as pessoas na maioria das vezes não entenderem de forma clara com que estão lidando,criando em suas mentes molduras cognitivas. Estes estudos mostraram que a irracionalidade em decisões e escolhas ocorre também entre investidores, executivos e administradores. Com base no estudo de Kahneman e Tversky (1997), este trabalho buscou verificar entre 180 estudantes de administração da Universidade de Brasília, como se dá a evolução do processo decisório destes alunos ao longo do curso, buscando verificar, desta forma, se os estudos de administração interferem nas tomadas de decisões quando estes se deparam com situações de risco. Os resultados encontrados nesta população específica mostraram que os estudantes pesquisados demonstraram pouca inferência de molduras cognitivas, levando a concluir que estes frames não ocorrem de forma generalizada, como afirmado por Kahneman e Tversky (Kahneman e Tversky 1984. apud BERNSTEIN, Peter L. Desafio aos deuses, p. 275).
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