ANÁLISE DA ESTRUTURA DE PROPRIEDADE DAS EMPRESAS LISTADAS NO ISE POR MEIO DA APLICAÇÃO DE REDES SOCIAIS
DOI:
https://doi.org/10.17524/repec.v7i3.928Palavras-chave:
Estrutura de Propriedade, ISE, Redes Sociais, Responsabilidade Social Corporativa, Board Interlocking.Resumo
Este estudo tem como objetivo verificar qual a configuração da estrutura de propriedade e da rede de relacionamentos dos acionistas das empresas brasileiras integrantes do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa. Para tanto, buscaram-se informações sobre a estrutura de propriedade e a configuração estrutural dos relacionamentos dos acionistas e demais características relativas às 30 empresas componentes da amostra, em um período de 3 anos consecutivos. Quanto à classificação metodológica, esta pesquisa caracteriza-se como sendo descritiva, documental, com abordagem quantitativa. A análise dos dados foi segmentada em duas fases, inicialmente por meio da estatística descritiva e em um segundo momento pela estruturação de redes sociais, com a verificação da configuração dos relacionamentos de 1.361 membros de conselhos de administração e diretoria, além da existência da prática do Board Interlocking. Os resultados indicam que a configuração estrutural e societária dos relacionamentos das empresas aderentes ao ISE é caracterizada como sendo do tipo compartilhado quanto à estrutura de propriedade, devido ao controle ser exercido por dois ou mais acionistas. Sugerem também que existe uma interdependência da estrutura de propriedade que define as proporções de investimentos que serão realizados com as práticas/atividades socialmente responsáveis, que representa a aplicação desse capital. Estas decisões podem ser influenciadas pelo corpo diretivo da empresa e membros do conselho participantes de outras empresas aderentes a práticas sustentáveis. Por fim, esta pesquisa traz contribuições para a área, dando indícios de que a prática do board interlocking pode ser considerada um fator que impulsiona a transmissão de uma cultura sustentável por membros de conselhos de diversas empresas.Referências
Ashley, P. A. (2002). Ética e responsabilidade social nos negócios. (1ª ed.) São Paulo: Saraiva.
Bertoncello, S. L. T. e Chang Jr., J. (2007). A importância da responsabilidade social corporativa como fator de diferenciação. FACOM – Revista da Faculdade de comunicação da FAAP. (17), 70-76.
Bolsa de Valores, Mercados e Futuros (BM&FBOVESPA). Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE. Recuperado em 11 setembro, 2011 de <http://www.bmfbovespa.com.br/indices/ResumoIndice.aspx?Indice=ISE&Idioma=pt-BR> .
Brigham, E. F., Houston, J. F. (1999). Fundamentos da moderna administração financeira. (Tradução de Mª Imilda da Costa e Silva). Rio de Janeiro: Campus.
Dal Vesco, D. G., Dani, A. C., Krespi, N. T.; Ribeiro, M. J. (2011). Análise da estrutura do capital social por meio das redes de relacionamento corporativas, e pessoais nas participações societárias das empresas de serviço de utilidade pública e de telecomunicações listadas na Bovespa. Anais do Encontro Nacional da ANPAD, Rio de Janeiro, RJ, 35.
Dani, A. C., Beck, F. e Beuren, I. M. (2012). Relação entre as práticas do board interlocking e o perfil das empresas brasileiras de estrutura de propriedade familiar com ações mais negociadas na BM&FBOVESPA. Anais do Encontro de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas – EGEPE. Florianópolis, SC, 7.
Galdi, F. C. e Menezes, R. M. (2010). Estrutura de propriedade e as relações com o valor e desempenho das empresas brasileiras. Anais do Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, São Paulo, SP, 10.
Godoy, A. S. (1995). Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Revista de Administração de Empresas – ERA, 35(2), 57-63.
Hartman, L. P., Rubin, R. S.e Dhanda, K. K. (2007). The communication of corporate social responsibility: unites states and european union multinational corporations. Journal of Busines Ethics, 74(4), 373-389.
Himmelberg, C. P, Hubbarda, R. G. e Paliaa, D. (1999). Understanding the determinants of managerial ownership and the link between ownership and performance. Journal of Financial Economics, 53(3), 353–384.
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). (2009). Código das melhores práticas de governança corporativa. (4a ed.),. Recuperado em 15 outubro, 2011 de http://www.ibgc.org.br/CodigoMelhoresPraticas.aspx
La Porta, R., Lopez-De-Silantes F., Shleifer, A. e Vishny, R. (1999). Corporate ownership around the world. Journal of Finance, 54(2), 471-520.
Lazzarini, S. G. (2007). Mudar tudo para não mudar nada: análise da dinâmica de redes de proprietários no Brasil como “mundos pequenos”. Revista de Administração de Empresas - RAE-eletrônica, 6(1), 1-25.
Leal, R. P., Siva, A. L. C. e Valadares, S. M. (2002). Estrutura de controle das companhias brasileiras de capital aberto. Revista de Administração Contemporânea - RAC, 6(1), 7-18.
Mendes-Da-Silva, W., Rossoni, L., Martin, D. M. L. e Martelanc, R. (2008). A influência das redes de relações corporativas no desempenho das empresas do novo mercado da Bovespa. Anais do Encontro Nacional da ANPAD. Rio de Janeiro, RJ, 32.
Mendes-Da-Silva, W., Grzybovski, D. (2006). Efeitos da governança corporativa e da performance empresarial sobre o turnover de executivos no Brasil: comparando empresas familiares e não familiares. Revista de Administração Mackenzie, 7(1), 45-70.
Mendes-Da-Silva, W., Vidal, P. G. (2011). Lost in space? the topography of social relationship network of board members in the brazilian capital market. Working paper. Recuperado em 10 setembro, 2011, de http://bibliotecadigital.fgv.br/ocs/index.php/ebf/10EBF/paper/viewFile/ 1159/974>.
Okimura, R. T. (2003). Estrutura de propriedade, governança corporativa, valor e desempenho das empresas no Brasil. Dissertação (Mestrado em Administração), Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Okimura, R. T., Silveira, A. D. M. e Rocha, K. C. (2007). Estrutura de propriedade e desempenho corporativo no Brasil. RAC-Eletrônica, 1(1), 119-135.
Pinto, A. L., Ribeiro, M. S. (2005). O Balanço Social como instrumento de evidenciação de responsabilidade social: Um estudo no estado de Santa Catarina. Revista Brasileira de Contabilidade, 34(154), 37-49.
Raupp, F. M. e Beuren, I. M. (2004). Caracterização da pesquisa em contabilidade. In. Beuren, I. M. (Org). (2004) Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. (2. ed.). São Paulo: Atlas.
Revista Capital Aberto. (2010). Anuário de governança corporativa das companhias abertas. Revista Capital Aberto, 3(2).
Rezende, I. A. C, Nunes, J. G. e Portle, S. S. (2008). Um estudo sobre o desempenho financeiro do Índice de Sustentabilidade. REPEC- Revista de educação e pesquisa em Contabilidade, 2(1), 71-93.
Richardson, R. J. (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas.
Rossoni, L. e Guarido Filho, E. R. (2007). Cooperação interinstitucional no campo da pesquisa em estratégia. Revista de Administração de Empresas - RAE, 47(4), 74-88.
Santos, R. L.e Silveira, A. D. M..(2007). Board Interlocking no Brasil: A participação de conselheiros em múltiplas companhias e seu efeito sobre o valor das empresas. Revista Brasileira de Finanças, 5(2), 125–163.
Schroeder, J. e Schroeder, I. (2004). Responsabilidade social corporativa: limites e possibilidades. Revista de Administração de Empresas - RAE-eletrônica, 3(1), 1- 10.
Siffert Filho, N. (1998). Governança corporativa: padrões internacionais e evidências empíricas no Brasil nos anos 90. Revista do BNDES, 06/1998. Recuperado em 30 agosto, 2011 de <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Publicacoes/Consulta_Expressa/Tipo/Revista_do_BNDES/199806_2.html>.
Silva, L. S. A e Quelhas, O. L. G. (2006). Sustentabilidade empresarial e o impacto no custo de capital próprio das empresas de capital aberto. Gestão & Produção, 13(3), 385-395.
Silveira, A. D. M. (2004). Governança Corporativa e estrutura de propriedade: determinantes e relação com o desempenho das empresas no Brasil. Tese (Doutorado em Administração), Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Silveira, A. D. M., Barros, L. A. B. C. e Famá, R. (2008). Atributos corporativos e concentração acionária no Brasil. Revista de Administração de Empresas - RAE, 48(2), 51-66.
Teixeira, E. A. e Nossa, V. (2010). Sinalizando responsabilidade social: relação entre o índice de sustentabilidade empresarial e a estrutura de capital das empresas. Anais do Congresso ANPCONT, Natal, RN, 4.
Tomaél, M. I. e Marteleto, R. M. (2006). Redes Sociais: Posições dos atores no fluxo da informação. Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciências da Informação, 11(Edição Especial), 75-91.
Torres, D., Bruni, A. L., Rivera-Castro, M. A. e Martinez, A. L. (2010). Estrutura de propriedade e controle, governança corporativa e o alisamento de resultados no brasil. Revista Contabilidade Contemporânea, 7(13), 11-34.
Tureta, C., Rosa, A. R. e Ávila, S. C. (2006). Da teoria sistêmica ao conceito de redes interorganizacionais: um estudo exploratório da teoria das organizações. RAU- Revista de Administração da UNIMEP, 4(1), 1-16.
Wong, L. H. e Gygax, A. (2009). Board interlocking network and the design of executive compensation packages. Working paper. Recuperado em 23 agosto, 2011 de <http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=965991>.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 3.0 Unported License, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem ou criem obras derivadas, mesmo que para uso com fins comerciais, contanto que seja dado crédito pela criação original.
b) Não cabe aos autores compensação financeira a qualquer título, por artigos ou resenhas publicados na REPeC.
c) Os artigos e resenhas publicados na REPeC são de responsabilidade exclusiva dos autores.
d) Após sua aprovação, os autores serão identificados em cada artigo, devendo informar à REPeC sua instituição de ensino/pesquisa de vínculo e seu endereço completo.